Eduardo Caires: agosto 2014

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Como os peixes ficam coloridos?

Fala Galera, boa noite...

segue abaixo mais um artigo escrito pelo Biologo Vladimir Simões, da Aquarium Group. este artigo é muito interessante pois descreve como surge a coloração das mais variadas cores e formas nos peixes...



"Qual a importância da cor dos peixes?

Peixes mais coloridos não apenas são mais bonitos ao nosso olhar, mas denotam também possuir maior saúde. Na natureza, como em nossos aquários, a coloração é uma das evidências que indicam aos demais peixes não apenas o próprio grau de boa saúde, mas também uma “qualidade genética” superior: os peixes com cores mais “fortes” são sempre os que conseguiram se alimentar mais e melhor! E isso indica uma série de capacidades coligadas – maior força, maior habilidade, maior inteligência etc.

Resumidamente, indivíduos melhor adaptados e “mais aptos”: aqueles que vão ter mais chance de se reproduzir e perpetuar a espécie, pois são os que escolhem entre si os melhores – e mais coloridos – parceiros, passando essa melhor genética a seus descendentes.
As cores dos peixes se dão devido à pigmentação da pele, ou seja, pelo acúmulo de pigmentos orgânicos naturais. Existem dois tipos distintos de coloração em peixes (e que podem ocorrer simultaneamente): os chamados biocromos, que são os pigmentos naturais coloridos em si; e a chamada coloração estrutural, que são as cores metálicas reflexivas.

Os biocromos (pigmentos coloridos) são, basicamente, os carotenóides e melaninasCarotenóides são sempre os responsáveis pelas fortes e brilhantes colorações vermelhas e amarelas (e seus tons intermediários) dos peixes. É vital saber que carotenóides não são produzidos por peixes; eles conseguem esse pigmento exclusivamente via alimentação! Ou seja, em aquário, o alimento dos peixes deve ser rico em matérias primas naturalmente ricas em carotenóides – como a alga Spirulina, crustáceos, moluscos, certos vegetais (pimentões, cenouras), entre outros. Já as melaninas são os pigmentos escuros, notadamente marrom e preto, que formam o fundo ou faixas e listras escuras em peixes.

Por outro lado, a chamada coloração estrutural é a responsável pelas cores metálicas, como os azuis, prateado e verde – esse último só se forma quando o azul estrutural cobre ou é coberto por camada de carotenóides amarelos: azul + amarelo = verde! A coloração estrutural se dá por pigmentos não-coloridos em forma de cristais, chamados purinas, sendo nos peixes, a principal delas a guanina. Esses pigmentos apenas refletem a luz como um todo (gerando a cor “prateada”) ou apenas determinadas faixas da luz, de forma iridescente (caso do azul metálico de vários peixes). Esse tipo particular de pigmento é formado a partir de aminoácidos específicos, geralmente encontrados em maiores quantidades e melhores proporções em matérias-primas oriundas do meio aquático, como as algas Spirulina e Hemaetococcus, moluscos, crustáceos, farinha de peixe etc.

Os pigmentos normalmente se concentram em células específicas da pele dos peixes, chamadas cromatóforos– células irregulares, geralmente com muitas ramificações – mas também podem se depositar na própria pele (deme e/ou epiderme), nos olhos, órgãos internos e outros locais. Uma curiosidade sobre os cromatóforos é que eles podem ter controle nervoso pelo peixe, o que quase todo aquarista ou curioso já percebeu quando faixas negras “somem” ou ficam rapidamente escuras de acordo ao estado psicológico do peixe – quando assustado ou relaxado; quando tranqüilo ou disputando com outros peixes, entre outras situações.

Os cromatóforos recebem e armazenam os pigmentos de diversos tipos. Esses pigmentos são obtidos pelos peixes na alimentação, já prontos (caso de carotenóides), ou como matéria prima (aminoácidos) para produção pelo próprio peixe (melaninas, guaninas). Apenas alimentos de alto valor nutricional trazem quantidades desses nutrientes corretos.

O alimento, depois de ingerido pelo peixe, é digerido de forma semelhante ao que os demais animais fazem. A digestão começa no estomago do peixe, onde enzimas quebram o alimento até o tamanho de moléculas que possam ser efetivamente absorvidas. Esse bolo alimentar segue para o intestino, onde a digestão se completa e se dá efetivamente a absorção de todos os nutrientes. Esses nutrientes serão conduzidos pelo o sistema circulatório até cada célula do corpo do animal, nutrido-os de acordo às suas demandas: por exemplo, células ósseas receberão vitamina D, cálcio, certos aminoácidos.

Exatamente dessa mesma forma, os pigmentos serão “entregues” aos cromatóforos de acordo ao seu tipo e cor: melanóforos são abastecidos de melaninas (cores marrom / preto); iridóforos de guaninas (cores reflexivas); xantóforos (cor amarela); eritróforos (cor vermelha). Já a coloração estrutural se dá nos chamados iridóforos, ou criando camadas cristalinas de guaninas sob a pele dos peixes.

Como conseguir a melhor coloração nos peixes de meu aquário?

Em nossos aquários, os peixes não têm a mesma oferta natural de alimentos ótimos, ideais a cada espécie como encontrariam na natureza. Ficam restritos àquilo que o aquarista lhes fornece. Daí a enorme importância em selecionar cuidadosamente o que oferecer aos seus peixes. Alimentos de procedência e qualidade comprovada são fundamentais para manter não apenas a coloração dos peixes, mas fundamentalmente sua saúde, e vice-versa, já que apenas alimentos realmente nutritivos e de perfeita bio-disponibilidade trazem a coloração plena dos peixes. Essa é uma das maneiras simples de verificarmos se a alimentação é de boa qualidade: não apenas ocorre pleno desenvolvimento do peixe, como também o impacto sobre sua coloração, realçada de maneira nítida.

O alimento ideal no aquário são os industrializados, pois possuem fórmulas nutricionalmente balanceadas e completas. Mas não basta ser industrializado: tem que ter alto padrão de qualidade. Para atingir esse alto padrão, é fundamental o cuidado desde a seleção das matérias-primas: os ingredientes devem ser apenas partes nobres ou integrais, sempre que possível oriundos do meio aquático, pois esses tem quase sempre em sua composição nutricional um equilíbrio de nutrientes muito mais próximo das demandas nutricionais dos peixes – inclusive os pigmentos necessários às suas colorações. Afinal, os peixes vivem há bilhões de anos no ambiente aquático, e é apenas de lá que conseguem seus nutrientes, adaptando-se e evoluindo baseados nessa oferta nutricional.

Alimentos formulados em base de subprodutos (literalmente, restos), ingredientes não aquáticos ou ainda aqueles baseados em farinhas e farelos de cereais não são adequados às altas exigências dos coloridos peixes tropicais, porque não apresentam quantidades adequadas de nutrientes (subprodutos) ou por serem completamente desbalanceados, carentes ou até ausentes em nutrientes vitais aos peixes – cereais, por exemplo, são sempre deficientes em certos aminoácidos essenciais aos peixes. Esses alimentos mal-formulados, entre outras limitações, não trazem pigmentos naturais para os peixes, o que o fabricante tenta muitas vezes disfarçar colocando pigmentos artificiais. Fica atrativo aos olhos do aquarista, porém de aproveitamento “zero” aos peixes: essas verdadeiras “tintas artificiais” não são aproveitadas em nada pelos peixes, sendo excretadas na mesma forma que foram consumidas, em nada influindo para a coloração do peixe – quando muito, no uso repetido, causam alergias, inflamações ou tumores nos peixes.

Sera pesquisa e aplica a seus alimentos, há mais de 40 anos, as mais modernas descobertas científicas e técnicas de produção que garantem não apenas a melhor coloração, mas também a melhor saúde geral de seus peixes, sem desperdícios que poluem a água do aquário. Além disso, é a única a empregar sempre ampla variedade e quantidade de organismos aquáticos e demais matérias-primas 100% naturais em suas partes nobres, que além de nutrir adequadamente, são ricos em pigmentos e demais ingredientes naturais específicos para a coloração plena e saudável dos peixes. 

Alimento sera
característica
tamanho dos peixe
hábito alimentar
sera San
flocos
pequenos – médios
carnívoro – onívoro
sera Flora
flocos
pequenos – médios
herbívoro – onívoro
sera Discus Granulat
grânulos
pequenos a grandes
carnívoro – onívoro
sera Spirulina Tabs
pastilha adesiva
pequenos a grandes
herbívoros – onívoro
sera Granuar
grâulos grandes
grandes a gigantes
carnívoro
sera Bettagran
grânulos pequenos
específico a bettas
carnívoro

Fruto dessa pesquisa, alimentos como sera Discus Color Blue e sera Discus Color Red foram desenvolvidos com uma sólida base alimentar com todos os nutrientes necessários à saúde plena, padrões ótimos de digestibilidade e conversão alimentar, com reforço de aminoácidos ótimos para o realce da cor azul na Discus Color Blue, e reforço de carotenóides ultra-biodisponíveis na Discus Color Red."





quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Lepisosteus oculatus



Nomes populares: Boca de Jacaré, Spotted Gar, Aligator Gar, Gar Manchado;

Nome Cientifico: Lepsosteus oculatos (Holostei; Lepsosteidae);

Natural: América do Norte e Central;

Alimentação: Estritamente Carnívoro;

Reprodução: Ovíparo (jamais vista em cativeiro);

Tamanho Máximo: 120 cm em aquários mais comum de 80 a 100 cm;

Litragem Aquario Ideal: 1000 Litros (220cm x 70cm x 70cm);

pH: de neutro a levemente alcalino a 7,0 a 7,5 (escala sorensen);

Temperatura: 20° a 25°C;

(Quando comprar um belo exemplar deste animal, exija a nota deste animal, a comercialização de peixes capturados e que existe reprodução em cativeiro para aquarismo ornamental é crime, mais vale 1 peixe solto do que 2 em seu aquário).

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Aruanã Prata - Osteoglossum bicirrhosum



Nomes populares: Aruanã (mais comum), Língua de Osso, Amaná e Arauaná;

Nome Cientifico: Osteoglossum bicirrhosum (Osteoglossiformes; Osteoglissidae);

Natural: Bacia Amazônica;

Alimentação: Estritamente Carnívoro;

Reprodução: Ovíparo;

Tamanho Máximo: 100 cm;

Litragem Aquario Ideal: 1000 Litros (220cm x 70cm x 70cm);

pH: Levemente ácido a neutro 6,5 a 7,0 (escala sorensen);

Temperatura: 25° a 30°C;

(Quando comprar um belo exemplar deste animal, exija a nota deste animal, a comercialização de peixes capturados e que existe reprodução em cativeiro para aquarismo ornamental é crime, mais vale 1 peixe solto do que 2 em seu aquário).



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Cloreto de Sódio (NaCl)

O Cloreto de Sódio (NaCl) popular sal de cozinha, não serve apenas para temperar nosso alimento, no aquarismo o sal tem mais algumas utilidades e é usado por muitos aquaristas experientes, e surpreende os iniciantes no hobby.
Vou listar abaixo alguns dos benefícios do sal:
- Prevenção de doenças;
- Combate a parasitoses externas;
- Combate a toxidez por nitrito;
- Auxilia na eliminação de algas filamentosas;
- Controle e tratamento de algas filamentosas;
- Alivio do estrese nos peixes.
No organismo dos peixes o sal age como um regulador da pressão osmótica, sua presença dentro ou fora das células regulam a entrada e saída de água, e é através da osmose que banhos de sal nos peixes desidratam ectoparasitas, fungos, bactérias e etc. tendo assim o efeito medicinal a ictiofauna.


domingo, 3 de agosto de 2014

Argulus - "Piolho de Carpa"

Esse é o nome popularmente atribuído ao Argulus sp., um crustáceo que pode dizimar toda uma criação de peixes e se porventura um peixe com tal parasita for parar em um aquário o dano poderá ser grande.
Particularmente encontrei tal parasita em Kinguios Carassius auratus e Carpas Cyprinus carpio já li relatos em outras espécies, porém nunca encontrei tal parasita além das espécies citadas.
O Argulus sp se alimenta principalmente de células sanguíneas, é visível a olho nu, no entanto devido ao seu tamanho cerca de 8mm e sua coloração a qual o camufla com a cor do peixe é necessária muita atenção para identificar o parasita e removê-lo. Veja as fotos um Kinguio Carassius Auratus após o ataque desse crustáceo, o peixe está visivelmente abatido e desnutrido. Precisará de uma alimentação reforçada e deverá ficar em um aquário hospital onde não haja grande população e o menor sinal de estresse possível para que o mesmo consiga se recuperar do ataque realizado pelo Argulus.
Ele pode atacar qualquer parte do corpo do peixe, mas é comum encontrar com mais freqüência nas nadadeiras. A remoção desse parasita deve ser efetuada com pinças e em seguida realizar um tratamento no peixe atacado para que tais lesões ocasionadas pelo Argulus não se tornem portas de entrada para futuras doenças conseqüentes. Esse tratamento poderá ser feito com produtos para cicatrização de lesão, vendido em qualquer loja de aquarismo.
Esse “piolho” pode chegar a aquários de aquaristas ansiosos que não observam com cuidado os peixes expostos para vendas e os comprou em loja de idoneidade duvidosa, pois a responsabilidade em receber um peixe desse para venda é totalmente do lojista que deve sempre averiguar os animais que está recebendo para depois disso comercializa-los, além disso, optar por distribuidores ou criadores idôneos que vendem qualidade e não quantidade onde sempre o barato acaba saindo muito caro.